Telescópio James Webb detecta atmosfera espessa em “mundo de lava”
Nova análise sugere que a temperatura do planeta está 900 graus mais baixa do que o previsto, apontando para a presença de uma camada gasosa densa ao redor do astro.
Em uma revelação que aguçou a curiosidade da comunidade científica, o telescópio James Webb detectou indícios de uma atmosfera extraordinariamente espessa envolvendo um planeta conhecido popularmente como “mundo de lava”. Os dados indicam que, apesar do calor extremo típico de um mundo assim, a temperatura observada fica muito aquém do esperado, abrindo espaço para a hipótese de uma atmosfera que atua como uma capa protetora de gases.
No decorrer das observações, as medições tiradas em diferentes comprimentos de onda reforçaram a ideia de uma atmosfera densa. O fato de a temperatura estar cerca de 900 graus abaixo do esperado sugere que esse envelope gasoso influencia fortemente as condições na superfície do planeta, mantendo uma estabilidade térmica que não seria comum nesses cenários extremos.
Para a pesquisa, o recorte do James Webb em infravermelho permitiu decifrar sinais que vão além do brilho do planeta — eles apontam para a existência de uma atmosfera significativa que pode moldar não apenas a temperatura, mas também a composição química do ambiente. No dia a dia da astrofísica, esse tipo de descoberta reforça a ideia de que mundos com atmosferas denses podem existir mesmo em condições de calor extremo e radiação intensa, desafiando modelos atuais e promovendo novas perguntas sobre a formação de exoplanetas.
No fim das contas, a leitura do James Webb nos lembra de quanta diversidade ainda há por revelar no cosmos. Cada descoberta como essa amplia nossa compreensão sobre as possibilidades de vida e de estruturas em planetas distantes, estimulando futuras missões que podem esclarecer como atmosferas se comportam sob condições tão inóspitas.
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