Startup italiana cria roupas que enganam reconhecimento facial
Tecnologia usa padrões de animais para confundir algoritmos de vigilância, com eficácia entre 60% e 90% nos testes.
Uma proposta que parece saída de ficção científica chega para provocar debates sobre privacidade: uma startup italiana desenvolveu roupas desenhadas para confundir sistemas de reconhecimento facial. Em vez de depender de tecnologia portátil, o segredo está no design têxtil que acompanha o corpo, aproveitando padrões que criam interrupções visuais para as máquinas.
Na prática, a ideia é explorar as falhas dos algoritmos de vigilância treinados para identificar rostos humanos. Ao incorporar padrões de animais e formas desordenadas, as estampas distorcem traços-chave que as câmeras costumam usar na leitura, dificultando a identificação em tempo real.
Os primeiros testes apresentaram resultados promissores, com uma margem de eficácia que varia entre 60% e 90% dependendo do cenário. Embora não seja uma garantia de privacidade total, a abordagem oferece uma ferramenta visualmente discreta para quem busca reduzir a exposição em locais com câmeras, sem exigir roupas especiais ou equipamentos adicionais.
Especialistas destacam que o projeto, apesar de promissor, ainda precisa de avaliações mais amplas para entender limites, como a performance em diferentes condições de iluminação e ângulos de câmera. No dia a dia, a novidade provoca uma reflexão sobre até que ponto a moda pode se tornar aliada de quem deseja evitar leituras faciais em espaços públicos, sem perder o estilo.
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