Brasil atinge novo recorde de expectativa de vida: 76,6 anos

Recorde: expectativa de vida no Brasil chega a 76,6 anos

Expectativa de vida no Brasil chegou ao maior número já registrado

O Brasil atingiu em 2024 a média de 76,6 anos de vida para quem nasce, o maior valor já registrado desde o início dos registros, lá na década de 1940, quando a média era de 45,5 anos. Esse avanço é um claro indicativo de melhoria nas condições de saúde e bem‑estar ao longo das últimas décadas, mesmo diante de desafios pontuais.

A leitura está na Tábua de Mortalidade divulgada nesta sexta-feira (28) pelo IBGE. O levantamento mostra também como esse quadro vem se desenhando ao longo do tempo, com a tendência de aumento da longevidade e com diferenças importantes entre grupos da população.

No cenário global, os países com maiores expectativas de vida são geralmente pequenas nações com altos níveis de renda e acesso a serviços. Entre eles aparecem Mônaco (86,5 anos), San Marino (85,8), Hong Kong (85,6), Japão (84,9) e Coreia do Sul (84,4).

No que diz respeito ao sexo, as mulheres continuam vivendo mais: em 2024, a expectativa de vida para elas ficou em 79,9 anos, frente a 73,3 anos entre os homens. A diferença média, portanto, ficou em 6,6 anos. Olhando para trás, em 1940 a distância entre os sexos era de 5,4 anos, e, em 2000, chegou a 7,8 anos. Esse viés reflete fatores históricos de mortalidade masculina e as mudanças associadas a causas externas, como acidentes e violência, ao longo das décadas.

A Tábua de Mortalidade também traz uma medida conhecida como sobremortalidade masculina, que avalia quanto mais propensos a morrer são os homens em comparação às mulheres em faixas de idade específicas. Em 2024, por exemplo, entre 20 e 24 anos, a sobremortalidade masculina era 4,1 vezes maior do que a feminina; entre 15 e 19 anos a diferença ficou em 3,4 vezes; já entre 25 e 29 anos, chegou a 3,5 vezes.

A mortalidade infantil, por sua vez, segue como um indicador sensível da saúde pública. Em 2024, a taxa ficou em 12,3 por mil bebês nascidos vivos, uma melhoria frente aos 12,5 de 2023. Para comparação histórica, em 1940 esse índice era de 146,6 para cada mil crianças. No dia a dia, isso se traduz em avanços nas ações de vacinação, atenção pré‑natal, aleitamento materno, assistência de agentes de saúde e melhorias em nutrição infantil, condições de saneamento e renda familiar.

Entre os fatores que ajudam a explicar esse movimento de longevidade, o IBGE aponta campanhas de vacinação em massa, cuidado adequado ao pré‑natal, incentivo ao aleitamento materno, atuação de agentes de saúde, nutrição infantil mais constante, além de ganhos estruturais como aumento de renda, educação e acesso a serviços de saneamento básico. Na prática, cada uma dessas peças contribui para que mais brasileiros vivam mais tempo, com qualidade.

Em resumo, a boa notícia de 2024 revela não apenas números, mas uma tendência de transformar o dia a dia de muita gente. Se a vida está mais longa, o desafio é manter a saúde em alta e aproveitar cada fase com tranquilidade, curiosidade e atenção aos pequenos hábitos que realmente importam.

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